1 de dezembro de 2017

Inferno - Dan Brown

Tempo de leitura:
(Título Original: Inferno
Tradutores: Fabiano Morais e Fernanda Abreu
Editora: Arqueiro 
Edição de: 2013)


No meio da noite, o renomado simbologista Robert Langdon acorda de um pesadelo, num hospital. Desorientado e com um ferimento à bala na cabeça, ele não tem a menor ideia de como foi parar ali.

Ao olhar pela janela e reconhecer a silhueta do Palazzo Vecchio, em Florença, Langdon tem um choque. Ele nem se lembra de ter deixado os Estados Unidos. Na verdade, não tem nenhuma recordação das últimas 36 horas. 

Quando um novo atentado contra a sua vida acontece dentro do hospital, Langdon se vê obrigado a fugir e, para isso, conta apenas com a ajuda da jovem médica Sienna Brooks.

De posse de um macabro objeto que Sienna encontrou no paletó de Langdon, os dois têm que seguir uma série inquietante de códigos criada por uma mente brilhante, obcecada tanto pelo fim do mundo quanto por uma das maiores obras-primas literárias de todos os tempos: A Divina Comédia, de Dante Alighieri. 

Mais uma vez superando as expectativas, Dan Brown nos leva por uma viagem pela cultura, pela arte e pela literatura italianas - passando por lugares como a Galleria degli Uffizi, o Duomo de Florença e a Basílica de São Marcos. 

Inferno é uma leitura eletrizante e um convite a pensarmos no papel da ciência para o futuro da humanidade. 




Palavras de uma leitora...



- Com uma sinopse tão completa, não há a menor necessidade de eu fazer um resumo da história, não é mesmo? 

Ouvi falar de Inferno pela primeira vez há uns quatro anos, creio. Mais ou menos na época de seu lançamento. Tinha uma colega de curso que era fanática pelo autor e assim que o livro foi lançado ela o comprou e devorou. Disse que era maravilhoso e me deixou morrendo de vontade de lê-lo. Mas eu ainda precisava ler outros livros do Dan Brown antes deste e, além disso, minha lista de leituras estava recheada de livros que eu necessitava ler urgentemente. Então... Inferno definitivamente teria que esperar. 

"Rogo que a humanidade entenda o presente que deixo.
 Meu presente é o futuro.
 Meu presente é a salvação.
 Meu presente é o Inferno." 

- Belas palavras, não? Fiquei até emocionada com o trecho acima!rsrs A história já começa com um prólogo instigante e assustador. Conhecemos um personagem que se autointitula Sombra e que criou alguma coisa extremamente perigosa e letal. Já ouviram a expressão "viver o inferno na Terra"? Parecia ser algo assim que ele pretendia. Sua criação traria o tormento à humanidade e... a morte. 

"Uma mulher com o rosto coberto por um véu
 Robert Langdon olhava para ela do outro lado de um rio cujas águas agitadas corriam vermelhas, tingidas de sangue. Trazia na mão uma faixa azul, uma tainia, que ergueu em homenagem ao mar de cadáveres aos seus pés. O cheiro da morte pairava por toda parte. 
Busca, sussurrou a mulher. E encontrarás."

- É após um pesadelo assim que Robert desperta num hospital desconhecido, com um ferimento à bala na cabeça sem ter a menor ideia do que lhe aconteceu e o que estava fazendo naquele lugar. Porque tudo o que ele sabia é que estava seguindo sua vida normal nos Estados Unidos e, de uma hora para outra, apareceu num hospital na Itália. Como diabos tinha ido para lá?! E, o mais perturbador, por que alguém tentaria matá-lo?

Tentando encontrar respostas numa mente que recusava-se a recordar qualquer coisa que tivesse acontecido nas últimas horas, Robert mal poderia imaginar que sofreria outro atentado antes mesmo de colocar os pés para fora daquele hospital. Depois de ver o médico que tentou protegê-lo ser brutalmente assassinado, consegue escapar por um triz graças à ajuda de uma médica, Sienna Brooks, que o guia para fora do hospital e para longe da assassina que não parecia disposta a parar até que o executasse. 

"Aqui, neste palácio afundado, o Inferno fumega sob as águas. 
 Logo explodirá em chamas. 
 E, quando isso acontecer, nada na Terra será capaz de detê-lo"

- Sem imaginar que possa ter alguma ligação com o terrorista que criara Inferno e sem ter sequer ideia da existência de tal pessoa ou criação, Robert escapa com Sienna e busca a ajuda do Consulado para voltar para o seu país e entender o que se passava. Todavia, logo após entrar em contato com o Consulado e ouvir a pessoa do outro lado dizer que logo mandaria ajuda é encontrado pela assassina que tentou matá-lo no hospital e não só isso... um grupo de soldados agora também está em seu encalço, disposto a tudo para capturá-lo e matá-lo. O que ele tinha feito? Que crime cometera para que seu próprio país o traísse e enviasse homens para eliminá-lo? Sem memória, sentia-se no vazio, em total escuridão. 

Mas, ao encontrar um misterioso objeto escondido em seu paletó, começa a juntar as peças daquele quebra-cabeça e entender que não estava sendo caçado porque fizera algo de errado e sim porque estava tentando impedir uma catástrofe. 

Mesmo com amnésia e sem saber como fora envolvido naquela confusão assustadora, Robert percebe que precisa correr contra o tempo e desvendar códigos inspirados em A Divina Comédia de Dante para impedir a morte de, pelo menos, metade da humanidade. Se falhasse... o mundo inteiro estaria perdido. 

"- Qualquer biólogo ou estatístico ambiental lhe dirá que a maior chance de sobrevivência a longo prazo para a humanidade acontece com uma população global de cerca de quatro bilhões de habitantes. 
- Quatro bilhões? - repetiu Elizabeth. - Nós já estamos em sete bilhões, então é um pouco tarde para isso.
Os olhos verdes do homem se incendiaram quando ele perguntou:
- Será?"

- Definitivamente já li livros mais assustadores do Dan Brown. Anjos e Demônios é um ótimo exemplo. Tem uma quantidade suficiente de mortes macabras para nos fazer ter pesadelos por um ano.rsrs Todavia, Inferno apavora não por conta de mortes que ocorrem ao longo do livro, mas sim da possibilidade de um massacre causado por uma peste, ao estilo da Peste Negra, só que criada pelo homem, de modo proposital, com a clara intenção de eliminar metade da população humana, pois esse indivíduo acredita com toda sua alma que se não sacrificar bilhões de pessoas a espécie humana entrará em extinção. Ele, então, opta pelo menor dos males. Assustador, não é mesmo? Isso realmente me causou um imenso pânico, não pelo livro em si, mas porque ele me fez pensar no que aconteceria com este mundo, com toda a Humanidade, se os cientistas e outros gênios que descobrem curas para doenças, criam vacinas e medicamentos de repente se voltassem contra todos nós e fizessem o completo oposto. E as tecnologias? O que seria do mundo se determinados avanços tecnológicos parassem nas mãos erradas? Tememos as bombas nucleares. Mas, a verdade, é que elas são apenas um dos males. Existem outros. 

"Não fazer nada é o mesmo que acolher o Inferno de Dante... amontoados e famintos, chafurdando em Pecado. 
Por isso tive coragem de tomar uma atitude. 
Alguns se encolherão de horror, mas toda salvação tem seu preço. 
Um dia o mundo irá entender a beleza do meu sacrifício."

- Antes de ler esta história eu já tinha ouvido falar de Dante e o Inferno dele muitas vezes. Sempre alguém mencionava que tal coisa era dantesca ou fazia alguma outra referência ao autor. Da mesma forma, sabia da existência de um livro muito famoso chamado A Divina Comédia. Mas eu não fazia a menor ideia que A Divina Comédia na verdade era uma trilogia e que o tal Inferno de Dante era o primeiro livro dela.kkkkkkkkk... Era realmente bem ignorante nesse aspecto. Agora, depois de tantas referências a esta trilogia no livro do Dan Brown, terei que incluir a história na minha lista de futuras leituras. Só que provavelmente passarei um ano inteiro só lendo-a já que, pelo que entendi, a trilogia é enorme. Boa sorte para mim!rs

- O vilão desta história, o tal criador da peste capaz de provocar um massacre incontrolável, era obcecado por esta trilogia de Dante. E, dono de uma mente brilhante como poucas, criou vários códigos que conduziriam a pessoa até o local onde sua criação estava escondida, bem como era também a base da sua própria obra. Achei fascinante a maneira como tudo tinha relação com a obra de Dante. A maneira como mesmo ao planejar algo monstruoso, o tal Sombra foi poético, astuto, culto, não deixando nenhum ponto solto e criando beleza e pavor em torno da sua criação. Era realmente um gênio. Que usou seus talentos para o mal, infelizmente. 

"A verdade só pode ser vislumbrada através dos olhos da morte."

- Achei o livro fascinante e apavorante, não posso negar. É profundamente envolvente e me deixou realmente assustada. Como eu disse, o livro não é recheado de mortes e sangue. Passa bem longe disso. É o potencial que causa medo. O que cria a atmosfera de terror é a ameaça que a tal peste representava. E isso fez com que o meu pavor fosse real, que eu o trouxesse para fora do livro. Enfim... Não irei dormir bem pelos próximos dias.kkkkk... Ainda não tive pesadelos com a história, mas é só uma questão de tempo.rs

"[...] o fim da nossa raça está chegando. E depressa. O mundo não vai acabar com fogo, enxofre, apocalipse ou uma guerra nuclear... vai acabar com um colapso absoluto em decorrência da quantidade de pessoas no planeta. A matemática é indiscutível."

- Por isso que prefiro meus amados livrinhos de romances! Quando uma pessoa lê algo como o trecho acima ela não tem como ficar muito tranquila. Este livro perturba a gente. Tirou a minha paz durante toda a leitura.kkkkkkkk... Já tenho tantas coisas com as quais me preocupar que me parece pura loucura e masoquismo ler algo que me provocará uma nova preocupação. Ah, Dan Brown! Volte a escrever algo como O Código da Vinci, por favor!kkkkkkkkkk... Não toque em assuntos terríveis como guerra, terrorismo, bombas, doenças criadas pelo homem ou superpopulação da Terra capaz de extinguir a espécie humana! Por favor, tenha piedade da minha saúde mental!rs

"A negação é um elemento essencial do mecanismo de defesa humano. Sem ela, todas as manhãs acordaríamos apavorados só de pensar em todas as maneiras como poderíamos morrer."

- Eu gostei muito do livro, apesar de tudo.rs É uma história brilhante, que não deixa pontos soltos. Dá para notar que, como sempre, o autor fez uma pesquisa incrível que tornou toda sua história possível. Dá para imaginar que tudo que aconteceu no livro poderia sim acontecer na vida real e foi isso que tanto me perturbou. E o autor ainda provocou reviravoltas que me deixaram tonta e com cara de "como assim???!!". Todavia, não é o melhor livro dele. É fascinante, maravilhoso, mas eu sempre tenho como ponto alto Anjos e Demônios e O Código da Vinci. Um livro dele só vai receber 5 estrelas e passagem para os meus preferidos quando atingir o nível desses dois livros. O único que conseguiu isso até agora foi Fortaleza Digital que, só para vocês saberem, é a minha história preferida do autor. :) A curiosidade é que Fortaleza Digital nem é protagonizado pelo Robert Langdon. Mas é um dos melhores livros que já li na vida! 

"O fim vai chegar de forma muito abrupta. Não vai ser como um carro cujo combustível vai acabando aos poucos... vai ser como despencar de um precipício." 





Inferno foi minha escolha para o tema do mês de novembro do Desafio 12 Meses Literários. O tema era ler um Best-Seller. Vocês não fazem ideia de como tive que correr para conseguir terminar este livro a tempo!kkkkkkk... Eu estava lendo a segunda parte de O Resgate no Mar - Diana Gabaldon e fui obrigada a interromper a leitura para ler Inferno. Quando comecei já era quase final do mês. Não tenho tido muito tempo para ler e chegou o dia 30 de novembro e ainda faltavam quase duzentas páginas. Tive que voar com a leitura e terminei faltando cerca de alguns segundos para meia-noite. Me senti a Cinderela dos livros.kkkkkkk... 


Bjs!

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino, Felipe e Damon (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

3 comentários:

  1. Enfim terminei de ler esse livro que me proporcionou alguns sonhos bem esquisitos.
    Confesso que me surpreendeu bastante a história como esperado de Dan Brown, o autor nos engana muito bem. É uma excelente leitura para quem deseja conhecer Veneza e sua história sem ir a Itália e, principalmente, conhecer a história instigante da trilogia da Divina Comédia e a obra de arte Inferno de Dante Alighieri.

    Um livro repleto de história, simbologia e informações ímpar.

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  2. Sobre as mortes como você citou...
    Quando o médico "morre" daquela maneira fria, fiquei pasma!!! Pensei que a partir daquele momento viria uma morte atrás da outra igual Anjos e Demônios (esse livro me trouxe muitos pesadelos com as mortes horríveis), mas que bom que não foi assim. Odeio quando pessoas inocentes morrem.

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  3. kkkkkkkkkkkkkkk... Eu tive alguns sonhos estranhos depois da leitura, mas não duraram, graças a Deus.kkkkkk...

    Verdade, Ana! Eu me senti na Itália! E isso é algo que o autor sempre mantém em suas histórias: o cuidado para fazer com que a gente se sinta dentro da história, visitando todos os lugares com o protagonista. É maravilhoso!

    Também fico arrasada com a morte de inocentes nos livros, embora as esperasse em Inferno. Como você, também fico muito feliz por não ter sido assim!

    Anjos e Demônios me provocou altos pesadelos durante muito tempo, pelo que consigo lembrar. Até hoje lembro de algumas das mortes. Cenas bem macabras mesmo!

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