(Título Original: Bloodline
Tradutor: Pinheiro de Lemos
Editora: Rio Gráfica
Edição de: 1985)
Um império econômico.
Uma regra inflexível.
Um maníaco sexual.
Uma vida ameaçada.
Um assassino à solta.
Nesta empolgando trama que reúne ambição e suspense, dinheiro e sexo - tratados com o realismo e o excepcional talento de Sidney Sheldon -, uma próspera empresa multinacional é vítima de estranhos atos de sabotagem, visando a linda e inteligente herdeira Elizabeth Roffe. Mas logo entra em cena um homem fora do comum. Ele começa suas investigações, desperta Elizabeth para a realidade e descobre os segredos ocultos debaixo do poder daquela família.
Palavras de uma leitora...
- Já posso respirar normalmente? Foram tantas as reviravoltas desta história que ainda me sinto sem fôlego. Não tive um instante de sossego durante esta leitura!kkkkkkk... Não conseguia evitar a ansiedade, temendo sempre o próximo movimento... o que ainda iria acontecer. Virava uma página e jurava que depois daquele capítulo pararia um pouco, mas era totalmente impossível. Só larguei o livro quando a história terminou.rs E que final!
"Tudo se tornara um jogo terrível, em que ninguém podia confiar em ninguém."
O primeiro erro de Elizabeth tinha sido nascer menina. Seu pai ansiava pela chegada de um filho, alguém que seria preparado para substituí-lo na presidência da famosa empresa farmacêutica da família, um conglomerado que controlava boa parte do mundo. Uma filha era um grande inconveniente, uma decepção e, com o passar dos anos, seu pai deixa mais do que claro o quanto ela não servia para nada.
Sentindo-se rejeitada desde que se entendia por gente, Elizabeth tornou-se mais e mais tímida conforme crescia, não tendo amigas e sendo desprezada por professores que não a entendiam e a julgavam mimada e egoísta. Era uma criança triste e isolada, mas tudo começa a mudar quando ela encontra um livro numa das propriedades de sua família. Não um livro qualquer, mas aquele que contava a história de seus antepassados... dos fundadores da Roffe & Filhos.
Motivada pela história de Samuel e a maneira como ambos se pareciam, Elizabeth começa a florescer e busca aprender cada vez mais. Inteligente, dona de uma beleza espetacular, aos vinte e quatro anos, podia não saber bem ainda o que queria da vida, mas era capaz de encarar os desafios que se apresentassem... mesmo que não acreditasse nisso. E nada a põe à prova de forma mais brutal do que a morte de seu pai, num terrível e misterioso acidente.
Transtornada pela dor, ela não consegue entender como um esportista tão experiente como ele poderia morrer daquela maneira. E quando o testamento de seu pai a revela como herdeira universal e presidente da empresa, a pressão que os integrantes da diretoria exercem para que ela coloque as ações à venda a fazem pensar se de fato Sam morrera num acidente ou se havia sido assassinado. Afinal de contas, ele era o único obstáculo entre os sócios e a tão sonhada abertura da empresa ao público. Até onde eles estariam dispostos a ir para conseguir o que desejavam?
Quando, por milagre, Elizabeth escapa duas vezes da morte, é necessário correr contra o tempo para descobrir quem é o assassino... antes que seja tarde demais.
"Pairava na sala uma maldição, mas ela não podia dizer de quem partia. Sabia apenas que uma das pessoas presentes a odiava. Era uma convicção profunda, ainda que a sua volta só visse sorriso e rostos amigos."
- Pense num livro que me deixou fascinada! Sim, vários livros me deixaram assim.rsrs Mas A Herdeira é o mais recente. Fui à loucura com esta história! Esquecendo de comer, de dormir, de pensar em qualquer outra coisa que não fosse o que se passava no livro. Não conseguia largá-lo de jeito nenhum! Eu queria saber quem era o assassino, ficava ansiosa temendo que a protagonista acabasse morta e estava desesperada para saber como tudo terminaria. Me senti numa montanha-russa a leitura inteira.
Quando a história começa, já sabemos que Sam não morreu num simples acidente. Isso é bem óbvio para qualquer pessoa. É claro que ele tinha sido assassinado. O motivo também fica evidente, pois ele detinha o controle da empresa e recusava-se a permitir a venda das ações da família. Desde que um jovem sonhador chamado Samuel, um de seus antepassados, a criara, aquela era uma empresa familiar e permaneceria assim. Acontece que muitas pessoas não concordavam com aquele pensamento tão inflexível e ultrapassado. Os tempos eram outros e todos os integrantes da família, exceto Sam, desejavam a venda. Desta forma, todos eles tinham motivos para matar. Porque se Sam saísse do caminho, eles teriam exatamente o que queriam... ou não?
Quem quer que fosse o assassino, acreditou que no momento que Elizabeth herdasse os bens do pai, seria fácil, fácil manipulá-la e tirá-la do jogo. Era uma jovenzinha de apenas vinte e quatro anos, que nada entendia de negócios. Não iria querer se envolver naquele mundo e assim deixaria tudo nas mãos dos parentes. Ledo engano. Levada por um pressentimento muito forte, Elizabeth recusa-se a entregar a empresa nas mãos de seus primos e, desta forma, coloca-se na mira do assassino. Porque ele iria matar até que já não existissem obstáculos em seu caminho.
"Oito... nove... dez...
Elizabeth começou a descer correndo a escada, para salvar a vida."
- É claro que desconfiei de tudo e todos ao longo da leitura. Já sou naturalmente desconfiada quando leio este tipo de leitura, pois é a maneira de tentar descobrir o assassino sempre. Dando por certo, desde o princípio, que todos são potenciais vilões, que nenhum deles é digno de confiança. Mas neste livro o SS faz questão de lançar a suspeita para cima de quase todos os personagens!kkkkkkk... Como naqueles livros da Agatha Christie, sabe? Todos os integrantes da família tinham mais de um motivo para querer matar. Uns estavam sendo chantageados, precisando urgentemente de uma quantia de dinheiro que só teriam quando vendessem suas ações, outros desejavam o poder que Sam tinha, um queria escapar de uma vida miserável... e existia ainda alguém que não fazia parte da família, mas poderia ganhar muito com a poder do pai de Elizabeth. Eram muitos os suspeitos. Algo que deixou a leitura ainda mais eletrizante.
Imaginem o trabalho que isso me deu para tentar adivinhar o culpado (ou os culpados, claro!)! Quanto mais eu conhecia os parentes da protagonista mais difícil era reduzir a lista de suspeitos. Quando cheguei à metade da história, ainda tinha na minha lista três personagens fortíssimos para aqueles crimes. E mesmo assim ainda desejava pegar de volta os personagens que tinha descartado como suspeitos.kkkkkkk... Demorei muito para reduzir a lista a dois possíveis culpados. No fim, era quem eu menos desejava que fosse, embora ele tivesse ficado na minha lista até o final. Mas sério, gente! Existia alguém tão melhor para ser o culpado!rs
"O cérebro estava confuso. Era como se todos os circuitos dentro dela se tivessem fechado, numa preparação para a escuridão da morte."
Para aumentar o suspense do livro, existem ainda outros crimes sem solução e, aparentemente, sem qualquer relação com o assassinato do pai de Elizabeth. Um maníaco sexual, que já assassinara diversas jovens, estava à solta, protagonizando um jogo macabro. Ele atraía mulheres para serem atrizes de filmes pornográficos e durante as gravações as assassinava... de uma maneira que nos dá arrepios. Quem era o misterioso e doentio assassino? E por que ele estava matando?
Essa foi fácilkkkkkk... Só tinha dois suspeitos, gente! Somente dois personagens se encaixavam no perfil do assassino, sobretudo quando é óbvia a sua motivação. Descartei um porque o julguei sem a "coragem" necessária e assim só me restou um. :) Mesmo assim ainda fiquei chocada.
Uma personagem que não me enganou durante muito tempo foi a Anna Roffe. No início, senti imensa pena dela. Mas em seguida pensei em sua infância... e outras coisas mais e percebi o que estava acontecendo ali. Achei completamente incrível o que o SS criou! Se não tivesse "acordado" e prestado atenção em certos detalhes, a Anna teria me enganado direitinho! E eu ficaria furiosa depois!rsrs Mas estou tão acostumada com algumas histórias que torna-se mais fácil juntar as peças do quebra-cabeças.
- Foi impossível não amar este livro! Simplesmente me apaixonei pela história! E é claro que a recomendo! MUITO!!!
- Esta foi minha quarta leitura para a Maratona Literária de Inverno 2017. O livro preenche o Desafio 5: ler um livro sem saber a sinopse, ou do que se trata. Eu já tinha lido a sinopse vários anos atrás, mas como não lembrava o que ela dizia, iniciei a leitura no escuro, sem reler a sinopse e, consequentemente, sem saber do que se tratava.
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