(Título Original: The Bronze Horseman
Tradutor: Valter Lellis Siqueira
Editora: Novo Século
Edição de: 2014)
Trilogia O Cavaleiro de Bronze - Livro 1.2
Um amor que transcende tudo que ousaríamos imaginar conseguirá resistir a um futuro incerto?
No início da guerra, em 22 de junho de 1941, o dia em que Alexander e Tatiana se conheceram, havia três milhões de civis em Leningrado. Na primavera de 1942, apenas um milhão de pessoas permaneciam ali. E o cerco não havia terminado.
Depois de deixar Tatiana e Dasha Metanova dentro de um caminhão que seguia pela Estrada da Vida com destino a Molotov, Alexander não tinha nada além de esperanças. Não havia uma única correspondência sequer de Dasha ou Tatiana, nada que indicasse que ambas haviam chegado em segurança a seu destino.
Na segunda parte de uma das maiores sagas de amor de todos os tempos, será praticamente impossível conter a emoção ao acompanhar a busca obstinada do ilustre oficial do Exército Vermelho, Alexander Belov, por sua Tatia. E ainda mais arrebatador presenciar se eles conseguirão viver esse intenso amor diante de tantas ameaças, em meio ao cruel cenário da Segunda Guerra Mundial.
Palavras de uma leitora...
"Por favor, Deus, Alexander orava, não permitas que ela continue a me amar, mas permitas que ela viva."
Deveria ser proibido por lei que um livro terminasse desta maneira... Sinto-me tão destroçada que mal tenho forças para escrever. Paullina Simons sabe bem como acabar com o coração de seus leitores. E eu que achava que a Florencia Bonelli era a mais sádica de todas, seguida bem de perto pela Diana Gabaldon! Mas depois deste livro... cheguei à conclusão de que elas fazem parte do mesmo clube e provavelmente se reúnem e tomam chá (ou algo mais forte, quem sabe) enquanto pensam em formas de nos torturar.
"Quando Alexander finalmente caminhou em direção a Lazarevo, sem saber se Tatiana estava viva ou morta, sentiu-se um homem caminhando para sua própria execução."
Antes de tudo... A resenha, sem sombra de dúvidas, terá spoilers. Tanto sobre a primeira parte da história quanto sobre a segunda. Não há maneira de eu conseguir me controlar, gente. Portanto, se não querem saber segredos do livro, parem de ler imediatamente esta resenha!
"- Ver você - disse Tatiana - traz tudo de volta, não é mesmo? As feridas ainda estão abertas.
Então, ergueu os olhos e olhou para ele. E Alexander viu as feridas."
- Em minha estúpida ingenuidade, acreditei que tudo de pior que poderia acontecer nesta história já tinha acontecido na primeira parte. Foram tantos momentos de dor e lágrimas, tantas perdas insuportáveis que eu pensei: "Agora, o que quer que venha, será tolerável. Não doerá tanto." Que burra eu fui, não é? Tudo o que se passou na Parte 1 não passou de preliminares. A autora estava só se aquecendo. Porque esta segunda parte... depois de algumas páginas "tranquilas" (por assim dizer) veio com tudo, nos destruindo de novo. No lugar da Tatiana, eu já não teria forças para nada. Ela é uma das mais corajosas e guerreiras mocinhas que tive o privilégio de conhecer.
"- Por favor, me perdoe, Tatiana - disse Alexander -, por ter machucado seu coração perfeito com o meu rosto frio e indiferente. Meu coração sempre esteve transbordante de você e nunca foi indiferente. Você não merecia nada do que recebeu, do que teve que suportar. Nada de nada. Nem de sua irmã nem de Leningrado e, com certeza, nem de mim."
- Quem leu minha resenha sobre a primeira parte sabe quais eram minhas críticas ao Alexander, o mocinho desta história. Conhece todos os problemas que tive com ele e quanto desejei que a Tatiana o mandasse para o inferno. Então, não irei repetir o que já disse na outra resenha. Mas, Luna, sua opinião sobre ele mudou? Não sobre o que ele fez com a Dasha, não sobre suas mentiras. Mas... algumas coisas mudaram. Algo dentro do meu coração mudou sem que eu desejasse, antes mesmo de chegar a perceber... Só soube que meus sentimentos pelo Alexander tinham se alterado quando doeu tanto o final do livro. Ali é que eu percebi que eu me importava com ele. Muito.
"- Alexander, você estava me procurando?
- Minha vida inteira."
- Durante o cerco feito pelos alemães à cidade de Leningrado, milhares e milhares de pessoas morreram não só vítimas dos bombardeios de uma guerra insana, mas, sobretudo, de fome. Entre essas pessoas, estava boa parte da família de Tatiana. No fim, só restava Dasha e ela. E Dasha estava morrendo. Enquanto seu estômago vazio já não tinha forças nem para suplicar por comida, a tuberculose começou a tomar conta de seu corpo, matando-a lentamente. Era o último parente que restava a nossa Tatiana. E ela lutou até o fim pela vida da irmã, chegando a colocar ar de seu próprio corpo na boca de Dasha, numa das cenas mais tristes que já li.
"Por intermináveis minutos, Tatiana respirou na boca de Dasha, para dentro dos pulmões de Dasha, o raso sussurro de vida." [O Cavaleiro de Bronze - Parte 1]
Mas nada foi suficiente... E, depois de uma luta perdida, Dasha partiu e com ela todas as coisas que as irmãs ainda poderiam ter partilhado se a guerra não tivesse feito dela mais uma vítima. Tudo o que restou foram as lembranças de um passado que já parecia bem distante. Lembranças de uma jovem alegre e apaixonada, alguém que amava viver e durante quase toda a vida protegeu a Tatiana, sendo a primeira a amá-la quando ela nasceu, enquanto todos rodeavam o filho menino. Sendo quem lhe ensinou boa parte das brincadeiras e a poupou das verdades da vida. Se a guerra a tornou egoísta, isso em nada apagava tudo o que viveram e construíram juntas, um laço que ia além do de sangue.
"Naquela noite, Tatiana e Dasha deitaram abraçadas.
- Não me abandone, Tania. Não posso seguir adiante sem você."
- Elas tinham conseguido escapar de Leningrado quando Dasha se foi. Quando finalmente foi possível para Alexander conseguir tirá-las daquela cidade que parecia só cheirar a dor, medo e morte àquela altura, já era tarde demais para Dasha. E Tatiana também não estava em boas condições. A travessia foi extremamente difícil e a irmã dela já agonizava quando finalmente estavam em "segurança". E eu nunca, jamais mesmo, serei capaz de esquecer aquelas cenas. Sei que muitas pessoas preferiram se concentrar no romance entre Tatiana e Alexander ao longo de todo o livro, mas eu não fui uma delas. Eles não eram os únicos a sofrer, a sentir, a querer viver e ser feliz. Muitos outros personagens foram importantes para mim e a Dasha foi uma das principais. Aquela cuja lembrança vai estar sempre comigo. A morte dela foi um dos golpes mais duros deste livro. Ainda não superei. E creio que isso não vai acontecer um dia.
"Querido Deus, por favor, deixe a minha única irmã Dasha nadar em paz e nunca sentir frio outra vez, e por favor... deixe que ela tenha todo o pão diário que possa comer, lá em cima no céu..." [O Cavaleiro de Bronze - Parte 1]
- Apenas lembrar... já me deixa em lágrimas de novo. Me entristece demais que ela não tenha conseguido ser feliz. O que me conforta é saber que, apesar de qualquer coisa, ela desejava que a Tatiana tivesse a chance que ela não teve. Pois, independente de tudo e de todas as mentiras, ela amou a irmã até o fim. Que a prece de Tatiana tenha sido atendida. Que ela tenha conseguido descansar em paz...
"Eu sei quem sou, pensou ela [...] Eu sou Tatiana. E eu acredito, tenho esperança e vou amar Alexander por toda a vida."
- Não duvido, nem por um segundo, disto. São poucos os casais, mesmo nos livros, que se amaram com tanta intensidade e entrega como Alexander e Tatiana. Tudo o que suportaram juntos... Se uma coisa sempre foi verdade e conseguiu passar por cima de cada traição, mentira e segredo, foi o amor deles. Algo que nem a morte conseguiria destruir.
A segunda parte desta história se inicia seis meses após a morte de Dasha. Seis meses de loucura para o Alexander que não fazia a menor ideia se sua amada tinha conseguido ou não sobreviver. Durante todo esse tempo, Tatiana não lhe escreveu uma só vez e enquanto lutava para sobreviver à guerra, no único intuito de voltar a vê-la... de estar novamente ao seu lado, o desespero era sua constante companhia... sem mencionar o medo terrível de que ela não tivesse suportado. Ele não seria capaz de viver num mundo em que ela não estivesse. Ela era sua luz. O seu milagre. A prova de que realmente existia um Deus. Sem ela, ele não conseguiria seguir respirando. De nada valeria a vida.
"Ela o perdoaria? Por deixá-la, por morrer, por matá-la?"
- Já não suportando mais aquele silêncio, Alexander suplica por um período de licença para ir até Lazarevo, onde Tatiana planejava ir quando ele a tirou de Leningrado. E esta simples decisão... sela mais uma vez o destino dos dois. Porque se tinha um amor que parecia condenado, era o deles. Porque não importava o quanto eles buscassem apenas um ao outro e a felicidade que encontravam quando se abraçavam e se amavam, não só Dimitri, Hitler o fantasma de Dasha estava entre eles, mas a própria União Soviética... Naquela vida, eles não eram livres para se amar.
"Vou flutuar na minha dor e no meu coração; vou flutuar e não sentir mais nada. É tudo o que eu quero. Não sentir mais."
- Quando chega a Lazerevo, Alexander encontra uma Tatiana diferente. Não só recuperada fisicamente, mas também bem mais madura do que a jovem menina por quem ele se apaixonou num ponto de ônibus em Leningrado, quando a guerra apenas começava. E em seus olhos... estavam todas as marcas de um passado recente. De cada pessoa amada que ela enterrou, de cada saudade, de todos os horrores que ela foi obrigada a testemunhar e que a perseguiriam para sempre. E embora naqueles olhos também existissem mágoas por tudo o que se passou entre eles, naquele triângulo amoroso no qual traíram sua própria irmã, ainda existia amor. Porque nem mesmo o mais insuportável sofrimento foi capaz de apagá-lo de seu coração. Ele era seu primeiro amor. E seria o último.
"- Tania, quando eu encontrei você, eu senti intensamente aquelas uma ou duas horas que passamos juntos... antes de Dimitri, antes de Dasha... que eu estava encontrando a minha vida"
Da dor, eles constroem uma ponte de volta um para o outro. Porque só juntos seriam capazes de se curar. E com o passar do tempo, preenchem cada dia com toda a felicidade que conseguiam sentir. Com toques, carícias, amor... Se entregam como não puderam em Leningrado. Se amam como não foram capazes de demonstrar antes. Ali em Lazarevo, a guerra parecia distante... e os perigos que antes eram tão ameaçadores já não poderiam alcançá-los. Durante aquelas poucas semanas, eles disseram, mesmo sem palavras, que se amavam naqueles momentos e se amariam para sempre, não importava o quanto o futuro fosse incerto. Mas... quando tudo chega ao fim...
"- Tania... você e eu tivemos só um momento... - disse Alexander. - Um único momento no tempo, no seu tempo e no meu... um instante, quando uma outra vida ainda podia ser possível"
- Ainda na primeira parte, nós conhecemos o grande segredo que Alexander carregava. Um segredo capaz de condená-lo à morte, levando com ele aqueles que ele amava. Um segredo que condena nossa mocinha, quando o amor deles é forte demais para que consigam ficar separados.
"Aonde quer que seja, eu vou com você. Mas se você ficar, eu também fico."
Muitos anos antes... quando nosso mocinho era apenas uma criança, seus pais, dois americanos com uma vida perfeita, decidiram que estavam cansados do capitalismo e da política de governo dos Estados Unidos. Eles tinham outras ideologias e a União Soviética parecia o único lugar capaz de permitir que eles fossem exatamente o que desejavam. Dariam adeus aos privilégios que tinham em seu país e renunciariam à sua cidadania americana. Começariam do zero. E foi o que fizeram... o que não conseguiram perceber, cegos pelo que acreditavam, é que, ao sair da segurança dos Estados Unidos para um país dominado por uma ditadura, estavam assinando a própria sentença de morte.
Os primeiros anos até foram agradáveis. Todos pareciam recebê-los de braços abertos, como se ignorassem que eles eram americanos. Mas então... as dificuldades começaram. E conforme as coisas ficavam piores, os olhos dos pais de Alexander se abriam. Só que não existia mais volta. Era impossível fugir. E assim, acusados de traição e sem direito a um julgamento justo, seus pais foram fuzilados. Alexander, ainda bem novo, apenas um adolescente, também foi condenado.
Ainda em luto pela morte dos pais, Alexander consegue escapar dos soldados de Stálin, o ditador que governava o país naquele momento, assumindo uma nova identidade. Mas ele escapa apenas da morte e não da União Soviética. E tudo poderia ser um recomeço... se ele não tivesse confiado seu maior segredo à pessoa errada: Dimitri.
Ao descobrir que seu pai ainda estava vivo e querendo revê-lo pela última vez, Alexander se aproxima de Dimitri, com quem faz amizade. Isso porque Dimitri era filho de um dos homens que "guardava" o pai de Alexander na prisão. Confiando toda a verdade ao amigo, Alexander consegue se despedir do pai... mas o preço por esta despedida não demoraria a se tornar alto demais...
A partir daquele instante, Dimitri se tornou sua sombra. Não existia um só segundo em que ele pudesse ter paz. Dissimulado, fingia sentir por Alexander um carinho enorme, como se fossem irmãos, mas de seus olhos transbordava a inveja por cada conquista do Alexander com o passar dos anos. Tudo o que ele tivesse, o Dimitri cobiçava. E se ainda não tinha entregado o seu "grande amigo" às autoridades, para ter o privilégio de vê-lo ser torturado e fuzilado, era porque queria usá-lo para sair da União Soviética. Alexander, como americano, era seu passaporte para uma outra vida.
Mas... quando Tatiana se mete em seu caminho... é só uma questão de tempo para a verdade explodir. E quantos seriam os atingidos?
"Ele sabia qual era o preço por Tatiana."
- Eu realmente preciso contar tudo o que se passa no final deste livro? Qualquer um consegue adivinhar que uma hora aquele segredo tão ameaçador vem à tona... e as consequências... são insuportáveis, gente.
Embora eu tenha sido capaz de imaginar (e até sabia de fato o que aconteceria, pois já conhecia alguns segredos da história), nada me preparou para o que aconteceu. Eu senti tanta raiva e uma sensação de impotência tão grande! Quis gritar para eles fugirem. Para largarem tudo e escaparem. Ou, pelo menos, tentarem. Juntos. Sempre juntos. Por que de que valeria tudo? Depois de tudo pelo que passaram, eles tinham que ficar juntos. Não seria aceitável nada diferente. E quanto mais eu lia... mais desesperada ficava. E não há dúvidas de que desejei matar o Dimitri com minhas próprias mãos. Lenta e dolorosamente.
"Alexander sussurrou para ela: Tatiana! Não terás medo do terror da noite... nem da flecha que voa durante o dia... nem da peste que caminha na escuridão... nem da destruição que ataca ao meio-dia. Um dia, mil cairão ao teu lado, e dez mil à sua direita, mas nada se aproximará de ti."
- Sei que desprezei o Alexander durante boa parte desta história. Sei bem disso. Eu sentia uma antipatia muito forte por ele. E não sem razão. Tinha meus motivos e não mudei de opinião sobre eles. Mas mesmo enquanto o desprezava, nunca disse que ele não era uma boa pessoa. E ao longo desta segunda parte, pude conhecê-lo melhor... suas escolhas, seu caráter, a forma como ele se importava com os outros e abria mão de si mesmo por aqueles que precisassem. Mas, acima de tudo, o quanto o seu amor pela Tatiana era forte. Tudo o que ele seria capaz de fazer por ela. A vida que ele seria capaz de dar por sua pequena Tania. Aquela que era o seu coração. E ver os sacrifícios que ele faz para que ela tenha uma chance... é mais do que doloroso. Não estava preparada para as emoções que me invadiram, para o desespero que eu senti. Foi um final inaceitável. E não estou nada feliz com esta autora. As coisas não podiam terminar assim! Sei que vai existir uma continuação... mas irei ver algo semelhante ao que encontro em Outlander: dor, dor, dor, longas separações e mais dor. Uma luta constante contra uma vida que vai tentar mantê-los separados. Uma luta contra os fantasmas que os traumas deixam, um amor mais uma vez machucado.
"Adeus, minha canção da lua, ar que eu respiro, minhas noites brancas e dias dourados, minha água doce e meu fogo. Adeus, que você tenha uma vida melhor, torne a encontrar consolo e o seu sorriso incansável. E, quando sua face adorada se iluminar mais uma vez ao nascer do sol do Ocidente, tenha a certeza de que o que senti por você não foi em vão. Adeus e tenha fé, minha Tatiana."
- Este final me deixou muito mal. Triste é pouco. Me sinto lançada no chão por esta autora e o que ela teve a coragem de fazer com os protagonistas. Será que já não bastava tudo o que eles tinham passado? Não foi suficiente para o desejo dela de fazê-los sofrer? E só de pensar que isso é só o início...
Esta história mexeu comigo bem mais do que eu sabia que ela mexeria. Foram tantas coisas que vivi ao lado dos personagens... Não só dos protagonistas, mas de todos aqueles que ficaram pelo caminho, vítimas de uma guerra que, na vida real, também levou milhões de pessoas pelo mundo. Tantos sonhos destruídos em vão... Tantas vidas perdidas por nada...
"Uma lágrima escapou do olho de Tatiana, por mais que ela tentasse ser forte.
- Por favor, não morra - murmurou ela. - Eu não conseguiria enterrá-lo. Eu já enterrei todos os outros."
- Ah, Tatiana... Ninguém merece passar por toda a dor que esta mocinha passou. Todas as mágoas, todas as vezes em que seu coração foi feito em pedaços e cada familiar que ela teve que enterrar, cada pessoa querida que ficou para trás. E mesmo quando ela acreditava já não ter forças, sempre seguia em frente, levantando-se das cinzas. Porque um dia ela prometeu a ele que viveria... e mesmo quando desejava desistir e deixar que a morte a levasse... ela mantinha sua promessa. Respirava por ele. Vivia por ele.
No fim, foi impossível não dar 5 estrelas a este livro. E ele já tem seu lugar entre os preferidos do ano e de toda a minha vida. E claro que o recomendo! Mas esteja ciente de que esta história vai provocar uma enorme bagunça dentro de você. E que você vai chorar muito. Muito mesmo.
"O que foi que eu mostrei a você? [...]
- Que existe um Deus - sussurrou Alexander."
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