(Título Original: The Sheikh's Secret Babies
Tradutora: Angela Monteverde
Editora: Harlequin
Edição de: maio/2016)
Laços reais!
O dever real de Jaul era casar-se com uma noiva apropriada. Mas, para isso acontecer, precisa se divorciar da mulher que o traiu. Ao reencontrar Chrissie Whitaker, é surpreendido por uma inesperada revelação. Arrasada ao ser abandonada por seu príncipe encantado, os gêmeos eram o único consolo para o coração partido de Chrissie. Porém, agora que descobriu a verdade, Jaul está determinado a assumir os bebês como seus herdeiros legítimos. Será que Chrissie conseguirá esquecer o passado doloroso e aceitá-lo novamente como marido?
Palavras de uma leitora...
- Sempre fico ansiosa para ler novas histórias da Lynne Graham. E após ler Poder & Persuasão eu fiquei louca para ler a história da irmã da Lizzie. O livro anterior não revelou muito sobre a Chrissie, mas o epílogo nos dá a entender que a vida dela não estava lá muito fácil. E realmente não estava...
- Claro que a LG não perderia a oportunidade de criar um mocinho que se faz de surdo, que acredita no mundo inteiro antes de acreditar na mocinha. Ou seja, o tipo de infeliz que mais me irrita. E, além disso, ele tinha também que fazer chantagens estúpidas e outras coisinhas para ferver meu sangue. Nenhuma novidade.
“Ele dilacerara seu coração, deixara-a sozinha para lidar com sua dor e jamais a contatara para se explicar ou mesmo pedir desculpas.”
Apesar da infância difícil e dos segredos que carregava dessa época de sua vida, Chrissie era uma pessoa otimista, sonhadora e romântica, embora desconfiasse de todos os homens que apareciam em sua vida. Sabia que um passo em falso poderia lançá-la no mesmo poço no qual vira a mãe, ano após ano, se destruindo. No entanto, sabia que um dia encontraria o homem certo e então poderia entregar seu coração. Sem medo. Sem reservas. Por inteiro. E nem de longe ela consideraria Jaul o homem ideal... Para ela, estava mais para um projeto malfeito...
Quando se viram pela primeira vez a atração foi inegável, porém Jaul estava acompanhado de sua amiga, que para ele não passava de mais uma conquista que logo seria descartada com um presente de “agradecimento”. Decidindo manter-se o mais distante possível do homem que representava tudo que ela mais detestava numa pessoa, ela tenta ignorá-lo, mesmo quando ele a tratava com gentileza e ternura como se ela fosse especial. Como se significasse algo para ele. Mas todas as suas defesas se desfazem no dia em que ele a salva de algo terrível, mostrando que, bem lá no fundo, talvez, não fosse tudo aquilo que ela imaginava...
E quando ele a pede em casamento... Chrissie acredita estar vivendo finalmente o conto de fadas com o qual sempre sonhou... até que a realidade chega para destruir seus sonhos. E logo ela entende que era hora de amadurecer... seguir em frente mesmo com o coração em pedaços. Mesmo sabendo que nunca mais iria vê-lo. Que não passara de um brinquedo, um objeto que ele abandonou como se não servisse mais.
Destruída por dentro, ela refaz sua vida, criando sozinha os filhos... até que Jaul reaparece em seu caminho. Apenas para ameaçar tudo o que lhe era mais precioso...
O destino os separara... Existiria, mesmo após tantas mentiras e mágoas, uma chance para o amor que um dia sentiram um pelo outro?
“Os olhos dele brilharam e sua boca se comprimiu.
- Você jamais me perdoou por qualquer coisa.”
- Jaul é um aprendiz de outros mocinhos infelizes da autora. Embora não chegue a ser como certos canalhas que conheci ao longo do meu tempo como leitora da LG, tive ânsias de açoitá-lo em praça pública quando ele insistiu em ficar pensando o pior da mocinha, mesmo sabendo que seu pai (o pai dele... embora o dela também não valha muito) não prestava e que não escondia o ódio que sentia pela nora. Ainda assim, ele preferiu acreditar no pai e mesmo quando as circunstâncias o fazem reencontrar a mulher que ele abandonara dois anos antes, nada o faz mudar de opinião. Não que ele a tratasse mal por isso. Pelo contrário... Fica mais do que evidente que ele não a esqueceu e que o amor que ainda sentia por ela o impedia de desprezá-la. Ele a amava. Mas preferia acreditar no pior. Porque simplesmente era mais confortável. Cada vez que ele começava a pensar... eu sentia uma vontade enorme de sacudi-lo e gritar bem dentro do seu ouvido para ver se assim ele recuperava a audição.rs
- Após dois anos separados por causa de um acidente e das mentiras do pai do mocinho, os dois são obrigados a se reencontrar. Isso porque o casamento que eles foram levados a acreditar que não era real, na verdade tinha sido válido e, portanto, continuavam legalmente casados. Determinado a fazer o que esperavam dele (até parece!), Jaul decide ir pessoalmente em busca da Chrissie para que, amigavelmente, eles pudessem desfazer o erro que havia sido esse casamento. Mas ao revê-la... todos os seus planos perdem importância. Já não interessava que ela tivesse aceitado dinheiro para deixá-lo... Que jamais tivesse lhe visitado no hospital... que não tivesse estado ao seu lado quando ele mais precisara... Tudo que importava é que ele ainda a queria. E usaria qualquer desculpa para tê-la de volta em sua vida.
E claro que, levado pelo desejo de recuperar a esposa, ele faz uma besteira atrás da outra.
- Eu gostei muito do livro, apesar de todo o estresse. Os motivos que provocaram a separação do casal são convincentes e não há como negar que os dois se amavam no passado e seguiam se amando. Mas eram imaturos demais quando se casaram e era fácil para qualquer pessoa manipulá-los e destruir sua relação.
Porém, não é porque eu gostei da história e sou fã da autora que ignoro os absurdos que existem nesta história e que já estou cansada de ficar desculpando, “deixando passar”, sabe. Há uma cena em que a própria mocinha, querendo arranjar desculpas para as atitudes do mocinho, diz que os fins justificam os meios (na verdade está escrito: os meios justificam os fins. Mas deu para entender.rs). Eu não penso como ela. Não acho que um simples “sinto muito” muda o fato de ele, mesmo acreditando estar apaixonado por ela, ter pedido para seus advogados prepararem um contrato pré-nupcial que a prenderia no país dele e poderia retirar seus filhos. Por mais que tal contrato não possuísse validade no país dela, ele usou isso para chantageá-la, para obrigá-la a fazer o que ele queria. Simplesmente porque era assim que ele queria. Não estava com vontade de suar, esta é a verdade. Não queria gastar energias e inteligência tentando reconquistar a mulher que perdeu por ser imbecil. Era mais fácil chantageá-la, tentar controlá-la. E eu já estou mais do que cansada de coisas assim. De mocinhos que fazem coisas absurdas, em pleno século XXI, e as próprias mocinhas veem como condutas desculpáveis. E estão sempre fazendo exatamente o que eles querem. Elas brigam um pouco, fingem que vão tomar uma atitude, mas, no fim das contas, passam a mão na cabeça dos mocinhos e já está. Tudo bem, tudo perdoado. Eu queria menos machismo e mais atitudes das mocinhas. Têm umas que são verdadeiras heroínas, que sabem colocar esses arrogantes em seus devidos lugares, mas elas são raridade nestas histórias. Em sua maioria, o que eu vejo são mocinhas como a Chrissie.
Outra coisa da qual sinto falta é de mais profundidade. Por mais que eu tenha percebido que existia realmente amor entre o casal e tenha sim acreditado que eles seriam felizes juntos, não posso dizer que a relação era profunda, que tinha aquele envolvimento que eu tanto amo nos meus romances preferidos. Não. O que eu mais vi foram trechos sobre o desejo que estavam sentindo um pelo outro. Estavam sempre querendo ir pra cama. Não que uma relação de amor não tenha desejo, paixão. Claro que sim, faz parte e eu adoro casais apaixonados. Mas é realmente necessário, numa história de apenas 183 páginas, falar de sexo o tempo quase todo?!
E como se não bastasse isso... não vi envolvimento do Jaul pela filha. O orgulho dele era o seu herdeiro... o menino, que ele fez questão de exibir para todos. Nas poucas cenas nas quais as crianças aparecem, o Jaul está sempre próximo ao menino e é o menino que ele pega nos braços. Isso me incomodou muito. Foi o que mais me incomodou na história e quase me fez dar 3 estrelas ao livro. Não vou ficar deixando este tipo de coisa passar. Paciência tem limite. E o Jaul testou demais a minha com uma atitude dessas.
- Como eu disse, gostei muito do livro. Dei 4 estrelas e recomendo sim, sobretudo aos fãs da autora. Não é porque não deixei passar certas coisas na história que não gostei dela.rs Gostei bastante, mas isso não me impede de enxergar os absurdos.rsrs
Adoro suas opiniões sobre os livros. Antes de começar a ler costumo visitar sua página. Gostei bastante do amor e persuasão, mas não me senti empolgada para começar a ler paixão secreta. Acho q vou passar kkkk. Bjs e obrigada!
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