(Título Original: Dragonfly in Amber
Tradutora: Geni Hirata
Editora: Saída de Emergência
Edição de: 2014)
2º Livro da Série Outlander
Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistérios, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... e sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.
O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?
Palavras de uma leitora...
"- Eu a encontrarei - murmurou ele em meu ouvido. - Eu prometo. Ainda que tenha que suportar duzentos anos de purgatório, duzentos anos sem você, esse será meu castigo, que eu mereci pelos meus crimes. Porque eu menti, matei e roubei; traí e quebrei a confiança. Mas há uma única coisa que deverá pesar a meu favor. Quando eu ficar diante de Deus, eu terei uma única coisa a dizer para contrabalançar o resto.
Sua voz diminuiu até quase se transformar num sussurro, e seus braços apertaram-me com mais força.
- Meu Deus, o Senhor me deu uma mulher especial e, Deus!, eu a amei demais."
- Eu já perdi a conta de quantas vezes respirei fundo. E não importa quantas vezes volte a fazer isso... não conseguirei acalmar as emoções que criam um grande tumulto em meu interior. Não conseguirei acalmar o amor. E nem o ódio. Nem a alegria ou a tristeza. A dor... os momentos em que a revolta era tal que eu queria rasgar e atacar fogo em páginas do livro. A impotência diante de acontecimentos que eu não poderia evitar.... A esperança... cada vez que o amor que unia Claire e Jamie fazia com que eles se reencontrassem. A paz e a leveza que uma troca de olhares ou sorriso entre eles provocava dentro de mim. Não. Respirar fundo não basta. E já percebi que chorar também não adianta. Este livro está cravado em mim... como o corte que marca a mão da Claire e do Jamie. Impossível de arrancar. Algo que o tempo pode suavizar... mas nunca apagar.
"Permaneci imóvel, a visão embaciada, e naquele instante ouvi meu coração se partir. Foi um pequeno som, nítido, como o estalido da quebra do caule de uma flor."
- Eu pretendia fazer uma resenha breve e sensata... racional, sabe. E breve ela talvez seja. Mas... sensata ou racional? Não faço a menor ideia de como se começa a escrever algo assim. Sou sempre emoção. Mas é algo ainda mais presente dentro de mim depois deste livro. Depois de tudo que vivi com a Claire e o Jamie... cada segundo... cada lágrima, cada sorriso. Cada dor. E cada reencontro... Não importava o que acontecesse... de quantas maneiras diferentes a vida tratasse de separá-los, fosse física ou emocionalmente.... Eles sempre se encontravam novamente. E assim sempre seguiriam.
"- Sangue do meu sangue... - murmurei.
- ... e carne da minha carne - respondeu ele baixinho. Nenhum de nós dois conseguiu terminar o voto, 'até o fim de nossas vidas', mas as palavras não pronunciadas pairaram dolorosamente entre nós."
- Meus momentos de maior desespero sempre vinham por causa do meu Jamie... meu querido Jamie. Você que leu A Viajante do Tempo... que viu tudo que aconteceu com ele... que foi obrigada a acompanhar cada momento... suas palavras enquanto ele recordava... preso da depressão e da vontade de simplesmente entregar os pontos e se deixar levar para onde quer que o destino o levasse após aquela vida... após seu coração parar de bater... Você... que acompanhou tudo isso... e ao ler A Libélula no Âmbar se deparou com alguém que já deveria ter ido para o inferno faz tempo... me diga: como eu poderia não me desesperar? Não sofrer ao ser obrigada a reviver tudo aquilo de novo? Minha vontade era protegê-lo. Proteger meu Jamie... impedi-lo de mergulhar na loucura que arriscaria sua vida e a de quem ele mais amava... uma loucura que não valia a pena. Porque quem pagaria o preço por aquilo seria ele. E a Claire.
"- Não, minha Sassenach - disse ele à meia-voz. - Abra os olhos. Olhe para mim. Porque essa é a sua punição, como é a minha. Veja o que você fez comigo, como eu sei o que fiz a você. Olhe para mim.
E eu olhei, aprisionada, presa a ele. Olhei, enquanto ele deixava cair a última de suas máscaras e me revelava as profundezas de seu próprio ser e os ferimentos de sua alma. Eu teria chorado pela sua dor, e pela minha, se pudesse. Mas seus olhos mantinham os meus presos, abertos e sem lágrimas, sem limites como o mar."
O destino... a fez viajar quase duzentos anos para encontrá-lo. Para encontrar seu coração. E em meio às dificuldades do século XVIII, às tentativas de assassinato, estupro e tortura... caçada às bruxas, intrigas, traições e perseguições... o amor deles sobreviveu. Amadureceu... se fortaleceu com cada golpe. Com cada momento em que era uma questão de vida ou morte... a morte de alguém pela vida deles. A própria vida... pela vida do outro. O amor que os unia não era simples. Nem passageiro. Era algo intenso... além do certo ou errado, dos princípios... do céu ou do inferno. Eles tanto matariam quanto morreriam um pelo outro. Seriam capazes das piores coisas... porque a única coisa que não poderiam suportar seria viver um sem outro. Perderem-se... sem saber que haviam feito tudo para salvar um ao outro. Eles até poderiam falhar... poderiam ser vencidos por todas as coisas que estavam contra eles... mas eles ao menos saberiam que tinham tentado. E que sempre estariam vivos... em suas lembranças.
" - Corte-me - disse com premência. - Bastante fundo para deixar uma cicatriz. Quero levar a marca do seu toque no meu corpo, ter alguma coisa sua que ficará para sempre comigo. Não tem importância se doer; nada pode doer mais do que deixá-lo. Ao menos, quando eu tocá-la, onde quer que eu esteja, poderei sentir seu toque em mim."
- O que será que dói mais? Nunca encontrar o verdadeiro amor... ou encontrá-lo apenas para perdê-lo depois? Para ver-se obrigado a passar pela vida sabendo que nunca mais verá esse amor... sabendo que tudo que lhe resta são as lembranças? Os momentos que viveram juntos e que, por mais que você queira, não podem regressar?
"As lágrimas de uma profunda perda acordaram-me devagar, banhando meu rosto como o toque reconfortante de um pano úmido em mãos tranquilizadoras. Virei o rosto no travesseiro molhado e naveguei por um rio salgado para dentro das cavernas da dor relembrada, para as profundezas subterrâneas do sono."
- Talvez... doesse mais conhecer o amor e depois perdê-lo. Porém, ela não se arrependia. De nenhum momento. Se lhe fosse dada a opção de jamais conhecê-lo... de nunca saber quem ele foi... de jamais vir a fazer parte de sua vida... ela ainda atravessaria aquelas pedras para encontrá-lo. Mesmo que soubesse como tudo terminaria... ainda assim ela faria tudo de novo. Porque não importava o quanto doía... o que importava é que ela havia amado Jamie Fraser. E sempre amaria.
"Se era saúde da mente ou do corpo, seu amor era necessário para mim como o ar ou o sangue."
- A história começa vinte anos após a separação entre a Claire e o Jamie. Uma separação que não é anunciada no primeiro livro. Que não é esperada. Apesar de tudo que eles viveram em A Viajante do Tempo, sabemos que eles terminam o livro juntos... depois que o amor dela o cura. Ainda que as cicatrizes não pudessem ser apagadas. Mas ela o traz de volta e tudo indica que um lindo recomeço os espera. Mas quando iniciamos esta segunda parte da história deles, percebemos que alguma coisa deu errada e provocou a separação. Uma longa separação. De toda uma vida... Percebemos que Brianna, o fruto deste lindo e doloroso amor, jamais conheceu seu verdadeiro pai. Cresceu acreditando que era filha de Frank Randall, o primeiro marido da Claire e o homem para o qual ela voltou após atravessar novamente as pedras da colina Craig na Dun. Porque ela havia prometido. Antes de partir... ela prometeu ao Jamie que voltaria para o Frank. E que protegeria a filha deles... a única parte que ela teria dele.
Após vinte anos, Claire está de volta à Escócia. Ao lugar em que sua vida começara... e onde estavam os seus fantasmas. Finalmente chegara o momento de contar à Brianna a verdade... toda a verdade que ela ocultou porque Frank pediu. Mas agora que ele partiu, nada a impedia de dividir com a filha a história de sua vida. Uma história de amor... de perdas e dor também, mas acima de tudo... uma história de amor.
E é assim que somos levados de volta ao passado e conhecemos as circunstâncias da separação entre Claire e Jamie. Passamos pela França do ano de 1744, com todas as intrigas da corte e as tentativas do nosso casal de evitar a revolução que massacraria milhares de escoceses e deixaria um passado de tristeza e destruição. Acompanhamos os jogos de poder, que transformava em suicídio qualquer confiança que se depositasse em alguém... e após acontecimentos que marcarão para sempre a vida deles (e de nós leitoras) retornamos para a Escócia... e para tudo que eles ainda viveriam antes de se separar. Também temos de volta neste livro um demônio que fugiu das profundezas do inferno e que insistia em atormentar a vida deles... e a nossa. Voltando a despertar em mim aquele ódio violento e os desejos de vê-lo morrer de forma lenta e muito, muito dolorosa. Sim. Você que também desejava que ele tivesse ficado no primeiro livro... sinto desapontá-lo. Black Jack mantém-se vivo e com bastante saúde, o desgraçado, neste livro. Sabe aqueles momentos em que desejei arrancar páginas do livro, fazê-las em pedaços e depois vê-las queimando em minha frente? Claro que a culpa é toda dele. Muitas vezes me vi fechando o livro e apertando-o com força desejando que fosse o pescoço do Black Jack. Para minha grande infelicidade... não era.
- Já sinto os sintomas da Depressão Pós-Livro tomar conta de mim. Apesar de todos os altos e baixos, de todos os momentos em que sentia minha cabeça girar com os acontecimentos que insistiam em me pegar de surpresa... apesar da angústia que me tomava, da ira... dos momentos de intensa revolta... eu leria o livro de novo. Sem hesitar. Sem me arrepender. Pela Claire e o Jamie. Para estar com eles de novo. Eu queria todos os momentos de volta... O Jamie, com seu incrível humor e sua teimosia que me fazia desejar quebrar algo em sua cabeça.rsrsrs... A Claire, com seu ímã para problemas e sua interessante mania de conversar tranquilamente com pessoas que desejavam matá-la.kkkkk... É muito difícil me separar deles. Principalmente pela forma como o livro terminou. Eu esperava por algo que ainda não ocorre neste livro (que só acontecerá no terceiro livro da série)... e quando eu finalmente percebi que estava achando errado, a leitura chegou ao fim e eu fiquei parada, em choque. Não necessito dizer que as lágrimas vieram em seguida. Eu quero a Claire e o Jamie da maneira que eles sempre têm que estar... quero ver o amor deles superando tudo de novo. Não aceito menos.
Uma história que não nos deixa indiferentes. Um livro que já começou marcando o meu ano. E a minha vida. Existem histórias que eu sei que permanecerão vivas em minha memória, e em meu coração, mesmo daqui a dez, vinte... cinquenta anos. Esta é uma delas.
"- Nós estamos unidos, você e eu, e nada neste mundo me separará de você. - Sua mão ergueu-se para acariciar meus cabelos. - Lembra-se do voto de sangue que eu fiz a você quando nos casamos?
- Sim, acho que sim. 'Sangue do meu sangue, ossos dos meus ossos...'
- 'Eu lhe dou meu corpo para que sejamos um só' - concluiu ele. - Sim, e eu mantenho esse juramento, Sassenach, e você também.
Virou-me ligeiramente e sua mão fechou-se delicadamente sobre o pequeno volume no meu ventre.
- Sangue do meu sangue - murmurou ele - e ossos dos meus ossos. Você me carrega dentro de você, Claire, e não pode me abandonar, não importa o que aconteça. Você é minha, para sempre, quer queira ou não, quer me ame ou não. Minha, e eu não a deixarei partir. - Coloquei a mão sobre a dele, pressionando-a contra mim.
- Não - falei, num sussurro -, nem você pode me abandonar.
- Não - disse ele, esboçando um sorriso. - Pois tenho mantido o final do juramento também. - Segurou-me e inclinou a cabeça sobre meu ombro, para que eu pudesse sentir o hálito quente de suas palavras em meu ouvido, murmuradas na escuridão. - 'Eu lhe dou meu espírito, até o fim de nossas vidas."
Quando vi que se tratava do post 2º Livro da Série Outlander fiz uma leitura rápido hahaha . É que estou lendo ele no momento e concordo com você não tem como ficar indiferente a essa história. Tô no segundo e ainda me pego as vezes folheando o primeiro pode uma coisa dessas?!
ResponderExcluirBeijos,Lu
Blog: Apaixonada por Romances
Olá, Lulu! :D
ResponderExcluirkkkkk... Eu compreendo!rsrs...
Verdade. Se envolver com a Claire e o Jamie e a história deles é inevitável. Sofremos com eles e amamos cada instante que passamos ao lado desse casal tão especial!. Suspiros...
rsrsrsrs... É algo perfeitamente normal! Outlander faz isso com a gente!kkkkk...
Bjs!