24 de dezembro de 2012

Pedido de Natal - Anne Gracie [Maratona de Banca 2012 - Dezembro]

Tempo de leitura:

(Título Original: Gifts of the Season
Editora: Nova Cultural)


Em Dezembro: Natal



O mundo de Ellie se resume à filha que tem. Viúva, pobre e vivendo em um chalé isolado, ela sabe que o futuro não pode ser muito diferente do que o presente. Porém quando o inverno chega, traz consigo um desconhecido que sofreu um grave acidente e perdeu a memória.

Ellie o recolhe em sua casa, e a cada dia que passa começa a achar a presença dele mais e mais reconfortante. E não é só: aquele estranho sem nome começa a entrar devagar em seu coração, fazendo-a ver que a lenha que queima na lareira pode aquecer bem menos do que um coração apaixonado!




Palavras de uma leitora...




— Minha vela do desejo ainda está queimando, mamãe?
Ellie beijou a filha pequena com ternura.
— Sim, querida. Ela ainda não chegou ao fim. Agora, deixe de preocupar-se tanto e tente dormir. A vela está lá embaixo, na janela, no lugar onde você a deixou.
— Brilhando na escuridão para que papai a veja e saiba onde nós estamos.
Ellie hesitou. Quando respondeu, sua voz era rouca.
— Sim, querida. Papai saberá que estamos aqui, seguras e protegidas do frio.
Amy encolheu-se sob os cobertores gastos e a desbotada colcha de retalho que as cobriam.
— E quando o novo dia chegar, ele estará aqui para o café da manhã.
Um nó se formou na garanta de Ellie.
— Não, querida. Papai não vai estar aqui. Você sabe disso.
— Mas amanhã é meu aniversário e você disse que papai viria.
Lágrimas queimavam os olhos de Ellie. Comovida, ela acariciou o rosto encantador e suave da filha.
— Não, querida, eu disse isso no ano passado, e você sabe por que papai não veio naquela ocasião.
Houve um longo período de silêncio.
— Porque no ano passado eu não coloquei uma vela na janela?
A reação de Ellie foi de verdadeiro horror.
— Oh, não! Não, minha querida, juro que você não tem nenhuma responsabilidade no que aconteceu.— Ela tomou a menina nos braços e abraçou-a por um longo momento, afagando seus caracóis sedosos, esperando até que o nó em sua garganta se desfizesse e ela fosse capaz de falar mais uma vez.— Meu bem, seu papai morreu, por isso ele nunca voltou para casa.
— Porque ele não conseguia encontrar o caminho, porque não acendi uma vela na janela para ajudá-lo.



- Esta história me prendeu desde a primeira página quando a pequena Amy, aquele anjinho de apenas quatro anos, falou para a mãe as coisas que coloquei acima. Eu senti um nó na minha garganta e uma vontade de proteger aquela menina de tamanha ilusão, mas no fundo eu já imaginava que o mocinho da história apareceria justamente no aniversário daquela menina, como um presente, como se aquela vela vermelha que Amy acendeu fosse realmente especial... pudesse fazer milagres. Não acredito que a vela tenha feito algo. Mas a fé daquele anjinho, sim. Quem se negaria a atender um pedido tão especial?! Tudo que ela queria era um pai. Não pedia mais nada. É impossível não se emocionar com isso. 


- Tarde daquela noite, quando Amy já estava na cama, um desconhecido bateu na porta da casa de Ellie, mãe da menina. Ele batia de forma desesperada e Ellie não sabia se deveria ou não atender a porta. Morava num lugar um tanto quanto perigoso e não era recomendável uma mulher sozinha, com uma criança pequena em casa, atender a porta uma hora daquelas. Mas o estranho pediu por socorro, deixando-a cada vez mais nervosa. Seria um truque? Uma forma de fazê-la atender a porta para depois fazer mal para ela e sua filha? Ou aquele desconhecido realmente precisava de ajuda? Antes que Ellie pudesse decidir se abria ou não a porta, um barulho se fez escutar do lado de fora... como se algo tivesse caído. E Ellie tomou sua decisão. Abriu a porta... encontrando um homem ferido e desacordado caído no chão. Sem pensar nas consequências ela o colocou para dentro de casa, sabendo que seria desumano deixar alguém ferido do lado de fora naquele tempo, para morrer de frio ou infecção. E essa simples atitude de amor pelo próximo, mudou toda sua vida. Para melhor, é claro. Muito melhor. Não eram só os sonhos de Amy que estavam prestes a se realizar... mas também os mais profundos desejos do coração de Ellie. Aquele aniversário seria diferente... e o Natal que se aproximava também. Porque milagres... definitivamente acontecem.


- Não é permitido falar muito desta história.rsrs... Ela é tão curtinha, gente, que é possível lê-la em pouquíssimas horas. Se você não estiver fazendo mais nada enquanto lê o livro, é possível até mesmo terminar a leitura em uma hora. É muito curtinha... porém, uma das histórias mais doces e fofas que já li. Aquele livro que acaba por nos lembrar dos contos de fadas que líamos em nossa infância. É um livrinho simples e mágico. Encantador. Me peguei várias vezes suspirando e dando gargalhadas aqui. Foram ótimos os momentos que passei com esse livro. 



— Cubra-se!—  Exigiu ultrajada.
Ouviu um ruído de tecido e virou-se para encará-lo e sentiu que o rosto era tingido por um novo rubor. Ele havia encontrado uma de suas meias e a colocara sobre a parte de seu corpo, justamente a parte que mais a chocara. O restante continuava exposto. Tentou não notar a beleza dos músculos bem definidos e das curvas firmes, mas era difícil ignorar tão perfeita beleza.
Os olhos azuis brilhavam maliciosos e provocantes.
— Assim está melhor, amor?



- Atrevido, verdade?!kkkkk... Um sedutor! Esse mocinho sem nome me divertiu muito aqui. Ele tinha perdido a memória ao ser tão cruelmente ferido na cabeça e quando acordou, acreditou que Ellie fosse sua esposa. Porque a menina, a Amy, não parava de chamá-lo de "papai" e a criança tinha os olhos da mesma cor que os dele. Ele acabou por acreditar que ela era realmente filha dele, embora estivesse um pouco nervoso por não conseguir se lembrar de nada. Quando acorda com a Ellie em seus braços (pois só tinha uma cama naquela casa para adultos e fazia muito frio. Ela não teve outra opção senão dormir na mesma cama que ele... e sabe como é quando dormimos... ela não foi parar nos braços dele de propósito.rsrs...) ele decide acariciá-la para minha completa diversão.kkkkkk... A Ellie aproveita bastante, antes de finalmente acordar, mas depois que percebe o que está acontecendo e que não está de modo algum sonhando, ela quase tem um ataque. Ela desperta pouco antes deles fazerem amor. É uma cena sensual e divertida. Eu adorei! :)


- Uma coisa que me fazia suspirar aqui era ver o mocinho sem nome chamá-la de "amor" (suspiros...). Mesmo depois dela explicar que eles não eram casados e como ele tinha aparecido em sua vida, ele continuou chamando-a de amor.rsrs... E era tão lindo vê-lo fazendo isso. Ele a adorou quase à primeira vista. Para falar a verdade, ele a adorou à primeira vista. Para ele, ela era um anjo, a mulher com quem ele se sentia bem, que parecia se importar com ele e o fazia desejar ter uma família. E ele estava disposto a fazê-la dele assim que recuperasse a memória. Porém... que segredos o retorno da memória dele poderia revelar? Será que depois que sua memória retornasse eles poderiam mesmo ficar juntos? Ou aquele conto de fadas chegaria ao fim?!


- Não posso falar mais, gente! Se fizer isso acabarei contando a história inteira.kkkkkk... Por isso, paro por aqui. Só o que ainda posso dizer é que esses três formam uma família linda, encantadora. Amy é um anjo e Ellie uma guerreira, uma mãe que fazia o possível para preservar a infância da filha e manter a menina segura e alimentada. Elas não tinham quase nada e ainda assim ela dividiu o pouco que tinha com um desconhecido. E o mocinho sem nome é simplesmente encantador. Não dá para não se apaixonar por ele. Impossível!rsrs... Ah! E também me encantava a forma como ele a via como sua Ellie, sua mulher... mesmo sabendo que não era marido dela. Ele simplesmente já a considerava dele. É lindo, gente!


- Esta história foi uma indicação da minha querida amiga, Carlita! Muito obrigada, flor! Eu simplesmente amei esta história! Ela é doce e muito linda. Uma ótima história para se ler perto do Natal. :)


- Pedido de Natal foi minha escolha para o tema de dezembro da Maratona de Banca 2012. Para conhecer as resenhas dos outros participantes, basta clicar AQUI.



Um Feliz Natal para todos os leitores apaixonados por livros! Seja de romance ou qualquer outra coisa. E para você que apenas está passando pelo blog e sequer gosta de ler, eu também desejo um lindo e Feliz Natal! Que o Natal de todos vocês seja melhor do que os dos anos anteriores. Que seja abençoado, cheio de amor, paz, saúde, felicidade, união e tudo de bom! Lembre-se sempre de agradecer ao aniversariante por seu amor e proteção. E lembre-se também que o mais importante nesta vida não são as coisas materiais e sim as pessoas que amamos e os momentos que passamos ao lado delas. Até quem não acredita no amor, sabe no fundo que é impossível viver sem ter alguém que o ame, sem ter alguém para amar. Seja um filho, um companheiro, mãe, pai, irmãos, gatinho, cachorros... o que seja. No fundo, isso é o mais importante. Amar e ser amado. Que não falte amor para ninguém neste Natal e no ano que em breve se iniciará! Que Deus esteja sempre com vocês! :)



Bjs e até breve!


Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino, Felipe e Damon (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

3 comentários:

  1. Essa história é uma das mais lindinhas que eu já li. Combina perfeitamente com essa época, e com certeza vai ter lágrimas durante a leitura.

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  2. Oi Luna!

    Eu li esse livro à alguns anos atrás e me lembro que amei muito esse quase conto de fadas.

    A Annie Gracie é uma das minhas autoras preferidas.

    E o final desse livro é de arrancar lágrimas mesmo.

    Ótima dica.

    Bjos
    Mara (lady d'Arques)

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  3. Eu já li e tenho esse livro Luna, realmente a história é fofa, eu gostei muito.
    Tema de Natal é sempre lindo e a história é comovente.

    Faby - Adoro Romances de Aracaju

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