5 de novembro de 2011

Marcou outubro 2011:

Tempo de leitura:




- Bem... Esse é um livro muito complicado, para dizer o mínimo. Ao olhar para a lista dos livros que li em outubro, eu passei por dois livros que deveriam fazer parte desse post (Amor À Primeira Vista - Catherine Anderson... Como livro que marcou positivamente. E Adorável Trapaceiro - Celeste Bradley... Como livro que marcou negativamente.) e queria muito falar dos dois aqui, mas de todos os livros que li em outubro, "A Menina Que Roubava Livros" foi o que mais marcou... Das duas maneiras, ainda por cima. Ele marcou tanto positiva quanto negativamente...


"Sim, lembro-me dela com frequência, e num de meu vasto sortimento de bolsos guardei sua história para contar. É uma dentre a pequena legião que carrego, cada qual extraordinária por si só. Cada qual uma tentativa - uma tentativa que é um salto gigantesco - de me provar que você e sua existência humana valem a pena.


Aqui está ela. Uma dentre um punhado.
A menina que roubava livros.
Se quiser, venha comigo. Vou lhe contar uma história.
Vou lhe mostrar uma coisa."

 - Por que marcou de modo positivo? Porque o amor, a esperança, o apoio que as pessoas da rua Himmel deram uns aos outros foi marcante. Os personagens mais especiais para mim, dessa história, foram: Liesel, Rudy, Max, Hans e Rosa. Eles tiveram o azar de viver no lugar errado na época errada, mas eles não se renderam. Eles não pediram aquela guerra. Eles não apoiavam Htiler e tudo que queriam era viver a vida deles em paz e ter esperança de um amanhã. As atitudes da Liesel ao longo da história (como o momento no qual ela vai até aquele judeu, oferecer, confirmar sua lealdade mesmo sabendo que poderia pagar por aquilo. E ela paga. Foi chicoteada por sua atitude.) me marcaram profundamente. Sempre que pensar nessa história irei lembrar de quando ela foi até o judeu, vou lembrar de quando ela leu, no porão, para aquelas pessoas desesperadas, quando leu, pacientemente, para aquela mulher que estava destruída por ter perdido seu filho, quando beijou os lábios do Rudy mesmo sabendo que era tarde demais para qualquer coisa... E só ao lembrar desses momentos, eu sinto um doloroso nó na garganta. Mas são marcas boas. Marcas que simplesmente jamais irão sair. Também lembrarei demais das atitudes do Rudy... Lembrarei a vida inteira de quando ele deu pão aos judeus. Ele próprio estava faminto, mas quis dividir o pouco que tinha com aqueles homens que haviam sido condenados injustamente. Lembrarei também de quando ele colocou seu ursinho junto daquele piloto que estava morrendo. Naquele momento, Rudy estava oferecendo seu apoio, sua companhia enquanto o homem partia. Era como se ele dissesse que aquele homem não estava sozinho nos seus últimos instantes de vida. E também lembrarei, é claro, de quando ele se jogou em cima da Liesel para impedi-la de morrer nas mãos daqueles monstros. Liesel estava descontrolada e só queria ajudar aquele judeu, mas Rudy não poderia suportar vê-la sendo machucada por aquela gente sem coração, por aqueles soldados de Hitler.... Nunca, nunca mesmo, esquecerei desses momentos. São lindas lembranças que levarei comigo sempre.

 
"Os rostos sofredores de homens e mulheres esgotados estendiam-se para eles, implorando não tanto ajuda - já haviam ultrapassado essa fase -, mas uma explicação. Apenas alguma coisa que diminuísse aquela perplexidade."


"Ao observar tudo isso, Liesel teve certeza de que aquelas eram as mais pobres almas ainda vivas. Foi o que escreveu sobre elas. Seus rostos macilentos esticavam-se pela tortura. A fome os devorava, enquanto eles seguiam em frente, alguns olhando para o chão, para evitar as pessoas que ladeavam a rua. Alguns lançavam olhares súplices para os que tinnham ido observar sua humilhação, esse prelúdio de sua morte. Outros imploravam que alguém, qualquer um, desse um passo à frente e os tomasse em seus braços.


Ninguém o fez."


- Mas um livro tão profundo, pesado e que narra uma história que se passa na Alemanha nazista não poderia ter só lindos momentos... não poderia deixar somente boas lembranças. Existem recordações muito desagradáveis e que por isso marcaram de modo negativo. Nunca poderei esquecer do momento no qual a Liesel viu que seu irmão tinha morrido, ou quando a mãe dela teve que entregá-la para que ela não morresse... Também não esquecerei de quando a Liesel viu aquele judeu sofrendo... E uma das cenas que sempre estarão na minha memória... A cena que sempre me trará dor ao lembrar... É a cena na qual a rua Himmel é atacada. Nossa! Esse momento é muito marcante e de um modo nada positivo. Provoca muita dor na gente. Mexe demais com nossas emoções. Sempre conseguirei escutar o barulho das bombas explodindo durante aquela guerra, as pessoas gritando de dor física e emocional, o choro dos pais que perderam seus filhos, dos filhos que perderam seus pais... Foi uma época cruel e muita gente inocente morreu por causa da obsessão de um monstro. De vários monstros. Muitas famílias foram destruídas... muita gente pagou um preço alto demais por um crime que sequer tinha cometido. Enfim... Esse livro não é fácil... Nada fácil. Ele nos faz refletir e também nos faz pensar naquela época tão cruel e nas pessoas que tanto sofreram sem merecer. É um livro que te marca. Das duas formas.


Bjs!

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino, Felipe e Damon (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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