18 de setembro de 2011

Resenha da Mónica: Doce Conquista - Julia James

Tempo de leitura:

Quatro anos antes, Sophie entregara seu coração a Nikos. O que ela não sabia era que Nikos tomaria sua virgindade e a deixaria em seguida... Agora, sem saber a quem recorrer e em busca de dinheiro, Sophie aceitou um emprego que não teria cogitado normalmente. Mas, justo em sua primeira noite, as coisas saem do controle quando ela desastrosamente esbarra com... Nikos. Ele fica furioso com a maneira como ela está se sustentando e sabe que precisa impedi-la imediatamente. Mas o único meio de fazê-lo é mantê-la por perto e pagar por seu tempo...






Resenha:


Sobre o livro, como explicar... O livro não é ruim, quer dizer, é ruim, mas não pela história em si, entende? A escritora tinha um gancho maravilhoso, um casal que se conheceu no passado, ele se encantou e se apaixonou por ela a primeira vista, ela se encantou com ele da mesma forma, mas era uma menina mimada, não do tipo prepotente, mas ingênua, sonhadora, entende? Ele um homem mais velho, cujo o pai o estava preparando para passar os negócios quando se aposentasse. Eles não confessaram este amor, ele estava na casa do pai dela para fazer negócios e tentar salvá-lo da ruina financeira.Quando os dois vão para cama, ela ingenuamente diz que agora poderia enfim se casar com ele e que os problemas do pai estariam resolvidos, mas não porque ela era interesseira, não de verdade, ela só se expressou literalmente mau e ele reagiu em conformidade acreditando que ela o tinha usado. 5 anos depois ele se reencontram numa festa. Apesar de não ser o tipo de ambiente que ele gostasse, resolveu ir para ficar de olho no filho mais velho de um amigo do pai dele. A festa estava regada a álcool, sexo e drogas. Então ele a viu, vestida de forma provocante, com uma maquiagem a condizer e acompanhada dum tipo que ele sabia que gostava e muito de usar os serviços de garota de programa. Ou seja quando eu li a sinopse, fiquei super curiosa, porque pensei será que a Julia vai ousar tanto colocando a mocinha como uma garota de programa? Bem ela tinha a faca e o queijo na mão, uma boa história para contar, mas não soube o que fazer com ela e é isso que torna o livro ruim, ela não soube contar a história, pecou muito.



Bem o que ela estaria fazendo ali, acompanhada daquele tipo e vestida daquela maneira? Olha, nem o Léo que só tem 6 anos é tão ingênuo quanto a nossa mocinha. Ela é um caso para estudo, francamente. Ela do alto de sua sabedoria acreditou que aceitando o emprego de acompanhante o fulano iria querer só companhia rsrsrsrs... E foi isso que o mocinho disse pra ela quando se aproximou. Bem quando ela se dá conta da forma como as pessoas iriam ver a situação ela tenta se explicar, diz que acertou na agência que iria somente ser acompanhante, sem envolvimento sexual, bem e ela acreditou também em coelhinho da páscoa e pai natal rsrsrs... Eu não estou aqui querendo julgar, mas como diz o mocinho acompanhante é só um nome mais bonito, mas na prática se espera dela um serviço completo e claro que ela certamente encontraria problemas se negasse ao cliente o que ele esperava dela. Bem isso se confirmou quando o sujeito a levou para um quarto e ofereceu a ela droga e tal como o mocinho diz e bem, ela só conseguiu escapar porque a festa estava repleta de "acompanhantes" mais bem dispostas que ela, mas e se ela fosse a única opção? Bem o sermão dele pra ela foi enorme, isso aconteceu quando ele a encontra na estrada, molhada feito um pinto. Ela saiu da festa, mas não tinha dinheiro para um táxi.


Depois do sermão, ele avisa ao motorista que deve deixá-la aonde ela quiser e paga pela corrida. Mas aquilo ficou na cabeça dele e então resolveu ligar para a agência e nem quis acreditar quando ela adentra pelo hall do hotel com o mesmo vestido, mas será que ela não ouviu nada do que ele disse? Pensamentos dele rsrsrsrs.... Bem se ela queria dinheiro ele tinha e muito para oferecer e foi o que ele fez. Só que ele pensava que as dívidas que ela tinha eram todas feitas com cartão de crédito, ou seja, que ela ainda era a mesma menina que dizia papai, protegida e mimada e que não queria confessar ao pai que havia estourado o limite do cartão e portanto havia escolhido o caminho mais fácil sem se dar conta dos riscos. Mas o que ele não sabia é que, ao virar as costas ao pai dela anos atrás, a empresa havia ido a falência e o pai havia sofrido um grave enfarto o deixando incapacitado e os negócios por conta dela e mais uma vez ela se deixou levar pela inocência quando aceitou fazer investimentos por indicação de desconhecidos. E aí eu me pergunto: mas ela não tinha um advogado que pudesse consultar? E então entendi o limite entre a ingenuidade e burrice rsrsrsrs... Nessa altura o pai começava a se recuperar, mas ao saber que ela havia perdido tudo com os investimentos, teve um derrame que o deixou em coma e quando voltou estava paralisado de um dos lados do corpo e com dificuldades na fala, totalmente incapacitado. Ela vendeu tudo o que restou e colocou o pai numa clínica de reabilitação e passou a viver de forma miserável, trabalhando em dois empregos, tendo que desistir da faculdade de música que ela tanto amava e com isso ela ganhou todo meu respeito, pois não foi covarde diante da situação. Quando ela decidiu ser acompanhante foi para pagar as parcelas atrasadas da clínica. Quando o nosso mocinho descobre tudo o que ela teve que enfrentar, ele se compadece muito e se sente terrivelmente culpado. O livro tem um epílogo. 3 anos depois, ela está sentada ao piano, a casa aonde viviam, tinha uma ala que havia sido transformada em clínica de reabilitação para pessoas que haviam passado pelo mesmo problema do pai e uma das atividades era ouvi-la tocar. O pai já havia se libertado da cadeira de rodas e já falava com clareza de orador rsrsrsrsrs.... Ah claro, não posso me esquecer que o homem já era terrivelmente rico outra vez, tudo graças ao nosso mocinho pai natal. Na platéia também estava o filho de 1 ano e meio e a caminho estava mais um bebê.


Engraçado como a forma de escrever da autora representou literalmente o comportamento dos personagens, pois na história quase não houve diálogo, só narração e realmente se os personagens centrais tivessem falado mais, muitos sofrimentos e desabores haveriam sido evitados. Me sinto um bocado intimidada em indicar esse livro, portanto sugiro que leiam outras resenhas sobre ele e decidam se devem ou não dar uma chance ao livro. Eu lamento profundamente que a autora não tenha sabido contar a história que eles mereciam.

 
 
Mónica

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino, Felipe e Damon (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

6 comentários:

  1. Olá!

    Cacilda! Essa mocinha realmente acreditava em "pai natal", né? Não é possível uma pessoa ser tão ingênua assim. Como você disse, pelo menos ela não fugiu da situação. Um final perfeito para um romance não tão legal assim. Eu não leio mais estes romances de banca (me contento com as resenhas a não ser que seja um interessante), então dificilmente lerei este. Obrigada pelo alerta! rs.

    Abraços!

    Ana Carolina Nonato
    Seis Milênios

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  2. Aí Ana,fico sempre preocupada de estar a passar a impressão errada sobre o livro.Essas coisas são tão pessoais,por isso prefiro convidar a pessoa a ler o livro e tirar suas próprias conclusões.A mim causou muita estranheza porque a falta de diálogo foi muita e apesar de achar que a narração é uma parte importante sem diálogos fica algo muito vazio,mas nesse caso até que se justificou porque todos os problemas desse casal poderia ter sido resolvido com conversa.O pai da mocinha também deveria ter sido mais franco com ela e não a criar dentro duma redoma de cristal,pois isso não a preparou para as malícias do mundo aonde temos que ter jogo de cintura.Mas ela merece meu respeito no sentido de ter enfrentado a situação,ela vivia literlamente na miséria,num bairro horrivel,trabalhava em dois empregos enfim não abandonou o pai e quis garantir a ele o melhor tratamento.Ela literalmente precisava do mocinho na vida dela,pois ela é um enorme perigo pra ela mesma rsrsrsr...

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  3. Olá!
    Realmente a história não parece ruim,mas pelo visto a autora se perdeu em algum momento rsrs

    Bjos

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  4. Na maioria das vezes as pessoas acha que tal situação não vai acontecer com ela, talvez tenha sido isso que fez a mocinha acreditar que o serviço era somente de acompanhante.

    Beijos
    Luciana
    Não deixe de visitar o Blog - Apaixonada por Romances

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  5. Luciana,

    Você pode ter razão,mas ainda penso que ela foi bastante ingênua e se colocou numa situação de risco,mas enfim...foi uma escolha dela dado a situação que vivia com a doença do pai.

    bjs e obg por comentar.

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  6. POis é Bruna,fiquei mesmo com essa impressão.Uma boa história só que mal contada,enfim...uma pena.


    bjs e obg por comentar

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